Num outro passo que visa o desenvolvimento tecnológico no sector logístico, o grupo MOVE3 passa por uma reestruturação interna que visa continuar a ocupar o espaço de referência como logtech. O grupo controla a Flash Courier, que tem 25 anos de experiência e é líder em entregas no setor bancário, e outras empresas do segmento B2C. Com uma média de mais de 8,5 milhões de entregas mensais, o grupo pretende atingir a marca dos 10 milhões no terceiro trimestre deste ano.
Além da Flash Courier, o grupo é também composto por Moove+, focado no e-commerce e encomendas; a impressora Jallcard, responsável pela conceção e impressão de cartões; M3Bank, fintech desenvolvida para o serviço interno do grupo; e Moove Portugal, o braço europeu da Moove+.

Segundo o CEO Guilherme Juliani, a reestruturação da empresa surge como forma de solidificar a presença do grupo MOVE3 como logtech. "O nosso diferencial é a prestação de todos os serviços logísticos, desde o início até ao fim da cadeia de operações, tanto no mercado B2B como no B2C. Ao unificar o grupo, podemos responder a todas as necessidades dos nossos clientes num só local", diz o executivo, que está à frente da empresa há 5 anos.

Com o seu principal Hub localizado em São Bernardo do Campo, a empresa pode receber e encaminhar mais de 400.000 encomendas por dia utilizando uma robusta tecnologia de Inteligência Artificial associada a máquinas e robôs autónomos (AGVs). O grupo também tem balcões de armazenamento conhecidos como DarkStore em oito estados e Centros de Personalização de Cartões no Paraná, São Paulo e Pernambuco. Todo este investimento em infraestruturas permitiu ao grupo crescer mais de 600% ao ano nos últimos 5 anos com uma estrutura de capital próprio e crescimento das margens e o EBITDA que atingiu 18% nos últimos 12 meses. "Com o poder desta estrutura e a liderança absoluta na logística bancária, conseguimos expandir as operações para fornecer à cadeia de comércio eletrónico, incluindo medicamentos e cosméticos, serviços de armazenamento na nossa Loja DarkStore, logística de ponta a ponta da B2C, entregas em até 2 horas usando a Ship From Store."

Sediado em São Bernardo do Campo, o grupo MOVE3 tem quatro campus, cinco balcões, 249 franchisings, e serve cerca de 1.000 cidades brasileiras numa única rede. Dois dos campus são dedicados às atividades de Flash Courier, Moove+ e Jallcard, na cidade-cabeça, enquanto os outros espaços são direcionados para Jallcard e Moove+, em Curitiba e Recife. Além dos campus, existem também os balcões do Flash Courier/Moove+ em Salvador, Manaus, Recife, Curitiba e Rio de janeiro. As 249 franquias estão espalhadas pelas cinco regiões do país e, ainda no segundo semestre deste ano, a expectativa é aumentar em 50% o número de franchisados.

Investimento em tecnologia

Devido ao crescimento exponencial do volume de entregas, a MOVE3 tem vindo a investir fortemente em tecnologia operacional. Em 2020, foi desenvolvido um projeto para sustentar a expansão da empresa através da remodelação de um dos telheiros de São Bernardo e da aquisição de equipamentos: uma correia transportadora transversal e 220 AGVs (veículos guiados automatizados) que juntos conseguem separar a carga em 1.000 destinos com uma velocidade de 17.000 itens por hora. Ao todo, a tecnologia e o projeto exigiram um investimento de R$ 25 milhões.

O grupo intensificou ainda a promoção da utilização de frotas sustentáveis, como bicicletas e caminhões elétricos, que geram menos impacto ambiental. "A sustentabilidade sempre foi uma das nossas maiores preocupações, e os modais limpos fazem parte da nossa história. Incentivamos sempre o uso de bicicletas ou entregas ambulantes nas nossas franquias. Agora, estamos a investir em bicicletas elétricas, que já estão em uso em São Paulo, Rio de janeiro, Salvador e Florianópolis."

Fintech para uso interno

Além de todas as novidades, a MOVE3 está também a desenvolver uma fintech para alimentar o ecossistema interno do grupo. O M3Bank é onde tudo vai circular, centralmente: os pagamentos aos colaboradores, empréstimos a franquias e todas as outras transações serão feitas exclusivamente pelo sistema da fintech.
Segundo Juliani, este é mais um passo na direção que o grupo tem vindo a tomar enquanto registava. "Ao desenvolvermos os nossos próprios sistemas, temos controlo sobre todas as operações de todas as empresas que fazem parte do grupo. A ideia é centralizar todas as operações, e as fintechs surgem como uma forma de unificar ainda mais o grupo, pois servirá para responder às exigências internas."